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quarta-feira, 21 de abril de 2010

Nossa escola foi contemplada...

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ANEXO I


Algumas orientações Pedagógicas para a Sala de Recursos Multifuncional

Danilo Borges Caetano1


A Sala de Recursos Multifuncional é constituída de equipamentos, mobiliário, materiais didático-pedagógicos e recursos de acessibilidade, organizados nas composições especificas das deficiências atendidas.

Sala de Recursos presta um serviço de Apoio Especializado, de natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns da Educação Básica.

Nestas salas é feito o Atendimento Educacional Especializado – AEE que é voltado para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação conforme Decreto 6.571/2008.

Neste sentido a ação pedagógica nas salas de recursos deve-se enfocar alguns aspectos pedagógicos específicos para cada necessidade de apoio tais como:


à Alunos com Deficiência Mental/Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outros e das áreas do desenvolvimento considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e conceptuais.

à Alunos com Deficiência Auditiva, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua brasileira de sinais-LIBRAS e português para surdos.

à Alunos com Deficiência Visual e Baixa Visão, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição do Sistema Braille bem como o uso do Soroban, do uso do computador com leitor de telas, impressão de materiais em Braille e ainda orientação e mobilidade. Os alunos com baixa visão também terão equipamentos para aumentar o tamanho dos textos, figuras e materiais pedagógicos para o auxilio à leitura..

à Alunos com Altas Habilidades/Superdotação, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos ao desenvolvimento e estimulação da criatividade, imaginação, interação, linguagem, planejamento, senso estético, ético, entre outras funções voltadas ao enriquecimento curricular.

à Alunos com Transtornos Funcionais Específicos (Distúrbios de Aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, raciocínio lógico, entre outros.

à Alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de atenção e hiperatividade), também podem ser atendidos nas salas de recursos e deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, raciocínio lógico, entre outras atividades que desenvolvem a atenção e concentração.

O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, deve constituir um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio-afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos.

O professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento pedagógico individual, com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as intervenções pedagógicas específicas de cada necessidade do aluno.

O planejamento pedagógico deve ser organizado e, sempre que necessário reorganizado, de acordo com:

os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno;
as áreas de desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional);
os conteúdos pedagógicos defasados das séries iniciais, principalmente Língua Portuguesa e Matemática.
O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser confundido com reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da classe comum.

O professor deve registrar sistematicamente, todos os avanços e dificuldades do aluno, conforme planejamento pedagógico individual.

O aluno freqüentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.

É de fundamental importância o funcionamento das Salas de Recursos e principalmente as atividades realizadas com os alunos, cremos que esse espaço de ensino-aprendizagem é uma esperança que o aluno deposita e acredita para seu acesso ao conhecimento, para superar suas dificuldades e comprovar sua capacidade de aprender. Pode ainda mostrar ao aluno que sua diferença permite um processo educativo de mais proximidade, atenção, carinho, criatividade, superação e realização.



Lista dos materiais que compõem a Sala de Recursos Multifuncional


TIPO 1 – Sala de Recursos Multifuncional


Nº ORDEM DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE

01 Micro computadores 02

02 Scanner 01

03 Impressora laser 01

04 TV com legenda 29' 01

05 DVD 01

06 Fone de Ouvido 01

07 Conjunto de Jogos Pedagógicos e Brinquedos 01

08 Teclado adaptado 01

09 Mouse Adaptado 01

10 Conjunto de Mesa redonda e quatro cadeiras 01

11 Conjunto de Mesa e cadeiras para computador 01

12 Armário 01

13 Mesa para impressora 01

14 Quadro melanínico 01



TIPO 2 – Sala de Recursos Multifuncional com recursos para Deficiência Visual



Nº ORDEM DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE

01 Micro computadores 02

02 Scanner 01

03 Impressora laser 01

04 TV com legenda 29' 01

05 DVD 01

06 Fone de Ouvido 01

07 Impressora Braille de médio porte 01

08 Máquina de Escrever em Braille 01

09 Calculadora sonora 01

10 Conjunto de Lupas 01

11 Reglete de mesa 01

12 Punção 01

13 Soroban 01

14 Guia de assinatura 01

15 Bengala Dobrável 01

16 Globo Terrestre Adaptado 01

17 Caderno com Pauta Ampliada 01

18 Kit de desenho geométrico 01

19 Prancheta para Leitura 01

20 Pacote de Papel gramatura 120g 05

21 Conjunto de Jogos Pedagógicos e Brinquedos 01

22 Teclado adaptado 01

23 Mouse Adaptado 01

24 Conjunto de Mesa redonda e quatro cadeiras 01

25 Conjunto de Mesa e cadeiras para computador 01

26 Armário 01

27 Mesa para impressora 01

28 Quadro melanínico 01



Referências Bibliográficas


Brasil. MEC/SEESP. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, 2002

_______. Ministério da Educação/SEESP. Declaração de Salamanca e Linha de Ação. Necessidades Educativos Especiais – CORDE, de Brasília 1994.

_______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Livro 1/ MEC/ SEESP, 1998.

CARVALHO, Rosita Edler. A nova LDB e a educação especial. Rio de Janeiro: WVA, 1997.

GOIÁS. Conselho Estadual de Educação. Resolução 02 de 11/09/2001.

_______.Diretrizes e Fundamentos para atuação de equipe estadual de apoio à Inclusão, 2007.

_______. SEDUC/Coordenação de Ensino Especial. Planejamento Estratégico, 2008.

ROTTA, N. T. et. al. Transtornos da aprendizagem. Abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006.

UNESCO. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.

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