Baixar o anexo original
ANEXO I
Algumas orientações Pedagógicas para a Sala de Recursos Multifuncional
Danilo Borges Caetano1
A Sala de Recursos Multifuncional é constituída de equipamentos, mobiliário, materiais didático-pedagógicos e recursos de acessibilidade, organizados nas composições especificas das deficiências atendidas.
Sala de Recursos presta um serviço de Apoio Especializado, de natureza pedagógica que complementa o atendimento educacional realizado em classes comuns da Educação Básica.
Nestas salas é feito o Atendimento Educacional Especializado – AEE que é voltado para alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação conforme Decreto 6.571/2008.
Neste sentido a ação pedagógica nas salas de recursos deve-se enfocar alguns aspectos pedagógicos específicos para cada necessidade de apoio tais como:
à Alunos com Deficiência Mental/Intelectual, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção de textos, cálculos, sistema de numeração, medidas, entre outros e das áreas do desenvolvimento considerando as habilidades adaptativas, práticas sociais e conceptuais.
à Alunos com Deficiência Auditiva, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua brasileira de sinais-LIBRAS e português para surdos.
à Alunos com Deficiência Visual e Baixa Visão, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição do Sistema Braille bem como o uso do Soroban, do uso do computador com leitor de telas, impressão de materiais em Braille e ainda orientação e mobilidade. Os alunos com baixa visão também terão equipamentos para aumentar o tamanho dos textos, figuras e materiais pedagógicos para o auxilio à leitura..
à Alunos com Altas Habilidades/Superdotação, deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos ao desenvolvimento e estimulação da criatividade, imaginação, interação, linguagem, planejamento, senso estético, ético, entre outras funções voltadas ao enriquecimento curricular.
à Alunos com Transtornos Funcionais Específicos (Distúrbios de Aprendizagem – dislexia, disortografia, disgrafia e discalculia), deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, raciocínio lógico, entre outros.
à Alunos com indicativos de Transtornos Funcionais Específicos (transtorno de atenção e hiperatividade), também podem ser atendidos nas salas de recursos e deverá enfocar aspectos pedagógicos relativos à aquisição da língua oral e escrita, interpretação, produção, cálculos, sistema de numeração, medidas, raciocínio lógico, entre outras atividades que desenvolvem a atenção e concentração.
O trabalho pedagógico especializado, na Sala de Recursos, deve constituir um conjunto de procedimentos específicos, de forma a desenvolver os processos cognitivo, motor, sócio-afetivo emocional, necessários para apropriação e produção de conhecimentos.
O professor da Sala de Recursos deve elaborar o planejamento pedagógico individual, com metodologia e estratégias diferenciadas, organizando-o de forma a atender as intervenções pedagógicas específicas de cada necessidade do aluno.
O planejamento pedagógico deve ser organizado e, sempre que necessário reorganizado, de acordo com:
os interesses, necessidades e dificuldades específicas de cada aluno;
as áreas de desenvolvimento (cognitiva, motora, sócio-afetivo emocional);
os conteúdos pedagógicos defasados das séries iniciais, principalmente Língua Portuguesa e Matemática.
O trabalho desenvolvido na Sala de Recursos não deve ser confundido com reforço escolar ou repetição de conteúdos programáticos da classe comum.
O professor deve registrar sistematicamente, todos os avanços e dificuldades do aluno, conforme planejamento pedagógico individual.
O aluno freqüentará a Sala de Recursos o tempo necessário para superar as dificuldades e obter êxito no processo de aprendizagem na classe comum.
É de fundamental importância o funcionamento das Salas de Recursos e principalmente as atividades realizadas com os alunos, cremos que esse espaço de ensino-aprendizagem é uma esperança que o aluno deposita e acredita para seu acesso ao conhecimento, para superar suas dificuldades e comprovar sua capacidade de aprender. Pode ainda mostrar ao aluno que sua diferença permite um processo educativo de mais proximidade, atenção, carinho, criatividade, superação e realização.
Lista dos materiais que compõem a Sala de Recursos Multifuncional
TIPO 1 – Sala de Recursos Multifuncional
Nº ORDEM DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE
01 Micro computadores 02
02 Scanner 01
03 Impressora laser 01
04 TV com legenda 29' 01
05 DVD 01
06 Fone de Ouvido 01
07 Conjunto de Jogos Pedagógicos e Brinquedos 01
08 Teclado adaptado 01
09 Mouse Adaptado 01
10 Conjunto de Mesa redonda e quatro cadeiras 01
11 Conjunto de Mesa e cadeiras para computador 01
12 Armário 01
13 Mesa para impressora 01
14 Quadro melanínico 01
TIPO 2 – Sala de Recursos Multifuncional com recursos para Deficiência Visual
Nº ORDEM DISCRIMINAÇÃO QUANTIDADE
01 Micro computadores 02
02 Scanner 01
03 Impressora laser 01
04 TV com legenda 29' 01
05 DVD 01
06 Fone de Ouvido 01
07 Impressora Braille de médio porte 01
08 Máquina de Escrever em Braille 01
09 Calculadora sonora 01
10 Conjunto de Lupas 01
11 Reglete de mesa 01
12 Punção 01
13 Soroban 01
14 Guia de assinatura 01
15 Bengala Dobrável 01
16 Globo Terrestre Adaptado 01
17 Caderno com Pauta Ampliada 01
18 Kit de desenho geométrico 01
19 Prancheta para Leitura 01
20 Pacote de Papel gramatura 120g 05
21 Conjunto de Jogos Pedagógicos e Brinquedos 01
22 Teclado adaptado 01
23 Mouse Adaptado 01
24 Conjunto de Mesa redonda e quatro cadeiras 01
25 Conjunto de Mesa e cadeiras para computador 01
26 Armário 01
27 Mesa para impressora 01
28 Quadro melanínico 01
Referências Bibliográficas
Brasil. MEC/SEESP. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, 2002
_______. Ministério da Educação/SEESP. Declaração de Salamanca e Linha de Ação. Necessidades Educativos Especiais – CORDE, de Brasília 1994.
_______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. Política Nacional de Educação Especial. Livro 1/ MEC/ SEESP, 1998.
CARVALHO, Rosita Edler. A nova LDB e a educação especial. Rio de Janeiro: WVA, 1997.
GOIÁS. Conselho Estadual de Educação. Resolução 02 de 11/09/2001.
_______.Diretrizes e Fundamentos para atuação de equipe estadual de apoio à Inclusão, 2007.
_______. SEDUC/Coordenação de Ensino Especial. Planejamento Estratégico, 2008.
ROTTA, N. T. et. al. Transtornos da aprendizagem. Abordagem neurobiológica e multidisciplinar. Porto Alegre: Artmed, 2006.
UNESCO. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Assembléia Geral das Nações Unidas em 10 de dezembro de 1948.
Nenhum comentário:
Postar um comentário